terça-feira, 6 de novembro de 2007

paz

A paz, que invade; violenta. Quer ou não quer, arrebenta. A paz dos dias e das formas Das cores lúcidas e das vozes. Essa paz, que não quero ;Que não me serve. Não me responde nada, nem adverte. Jogaria no lixo sem arrependimento. Jogaria dado, para o destino. Esconderia a paz dos meus dias. Infiltraria nos músculos, Nos glóbulos, enxergaria. Se gritos: haveria guerra.. Mortes, cortes e afogamento. Sangue jorra pela pele, Arranca os ossos com os dentes. E essa paz que não me serve? A paz transparente, sem vida e serena. Minha paz seria luta para outros. É que preciso desse termo; De me arregaçar onde seco. Preciso de coisas, odores ;Do movimento brusco, do ódio. Preciso parar onde possam . Arrastar-me por correntezas, por injúrias, dores e doenças..Haja guerra! .Que me toquem. Que me fucem. Que me maltratem sem silêncio. Puxem meus braços, cuspam na cara. Que tirem minha comida; Que enjaulado me amordacem. Que me interfiram; que suguem. Que façam tudo, que eu chore; Que ame desesperadamente. Que precise de água, de velas. Que precise restaurar as idéias..A paz que tive, nesses dias, Serviu apenas para saber quem eu era. Essa paz que não me serve, Essa resposta que eu não quero..Haja guerra!. Que me esqueçam os dias, Que me construam indiferente: Mas que na paz, não me encontrem..

Um comentário:

Unknown disse...

Gostei das mãos!

gostei! ♥♥♥♥♥♥

beijos no seu lindo coração Leníssima