sexta-feira, 30 de abril de 2010

Já esqueci

*
Tava esperando um telefonema
teu
Tava precisando de uma voz no
ouvido
Tava imaginando teu olhar mirando o
meu
Tava desejando um beijo em meu
umbigo
Tá legal, falei o que não devia
Me dei mal,
amanheceu um novo dia,
Já esqueci
Tô aqui esperando pra ver se você vem
Deixa de lado essa
tristeza
Beija e afasta esse
tormento
Deita nesse amor
desarrumado
Chega de perder tanto tempo
**

quarta-feira, 28 de abril de 2010

flores

*
Quando vier me visitar
Traga flores,
Muitas delas...
Porém, não me traga apenas flores:
Não se esqueça de juntar a elas
A força do seu abraço.
O calor dos seus beijos...
Mas não esqueça de tirar-lhes
Os espinhos que machucam,
As folhas envelhecidas,
Os galhos secos,
As dores embutidas...
Traga flores
Perfumadas, coloridas,
Quando vier me visitar,
Traga você por inteiro..
As flores?
Nem sei se vai precisar
!
***
*

sexta-feira, 23 de abril de 2010

emburrada


tiro meu sapato vermelho , cansei

*



O meu coração doe no meu peito.
De todas as dores, o amor é que mais doe,
doe a todo momento de distração e atenção,
eu não sinto mas morro..
todos os dias!
É estranho ninguém suspeitar dos meus medos,
das minhas quedas,
dos meu piores momentos.
Eu corro procurando um amor para substituir a minha imensa dor .
imenso amor cheio de segredos e labirintos.
Porém, Cai perto da estrada fria da minha vida.
Cai longe da corda bamba que me levava até você!
Eu corro ao encontro do nada,
do breve resumo que tudo isso sempre representou pra mim.
E mesmo assim eu me perdia,
desejando a mudança entre nossos abraços incolores e de beijos sem gosto...
Atrás da porta eu pude me aquecer com a realidade que construí em
minha mente,
a realidade que você não existia,
que eu era mais feliz a cada dia,
que o amor era banal, que a dor não doía de verdade!
Mas enfrente ao espelho a minha
fortaleza da solidão era fria,
congelante,
representando a minha vida, as cinzas da minha vida.
Eu corro ao encontro do amor que me salve todos os dias.
Enquanto isso na chuva,
ao redor de mim,
tudo desmorona como flores na primavera..
flores vermelhas,
vermelhas de paixão,
paixão que eu tentei preservar pra sempre,
porém sendo lembrada a todo instante
que o pra sempre;
sempre acaba!
Eu corro todos os dias ao encontro do meu amor,
e todos os dias ele voa pra longe.
Voa junto com o vento que balançava meu vestido,
meu vestido vermelho,
aquele que sempre fazia eu me sentir tão completa
Eu corria e morria todos os dias,
de um modo que eu nunca poderia imaginar,
porém uma coisa que eu não posso evitar é cair,
cair no vermelho frio que envolve toda a minha vida,
cair..
como eu faço todos os dias...tiro
meus sapatos vermelhos
foi o que restou,
não vou correr mais...
**

aiaiai



**
Decifra-me,
mas não conclua.
Eu posso te surpreender...
**

quarta-feira, 21 de abril de 2010

sou o que sou nada mais nada menos





♥ ♥
Eu sei que não é tudo que eu posso
mudar,
Enquanto eu viver não vou esquecer,
Sei que não posso errar,
sei que vou me lembrar quem
eu sou.
De onde eu vim para onde
eu vou,
Fazer acontecer,
lutar para vencer,
Sem mudar o meu jeito de ser,
E não importa o que possam dizer porque...
Ninguém pode me impedir de
falar
Ninguém pode me impedir de
fazer
Ninguém pode me impedir de
ser
Presto atenção ao meu redor
Eu não sei,
eu não sei,
não sei.
A questão é que eu quero o melhor,
Sei que não estou só,
Tu está e sempre
estará comigo
Haja o que houver
Se eu me preocupar com o que vão dizer
Estou certa do que tenho de melhor para te
oferecer
E na busca incansável de quem sabe o que quer
Desafio,
barreira,
panela,
funil,
isso é o que é
Tudo isso já está na nossa conta
E continuo forte, seguindo em frente.

Sou o que sou nada mais nada menos...

♥ ♥

sábado, 17 de abril de 2010

sete vezes


*
Deixa o mundo avisar de teu nome,

sete vezes

escrevi o seu nome, deixa o mudo avisar de teu nome.

Num mundo assim bem grande, sete vezes escrevi seu nome.
Num mundo assim bem grande, sete vezes escrevi.

Será que é é, fato necessário diz que é é,

insistir e repetir que é é,

todas as portas abrir.
Será que é é, fato necessário diz que é é,

insistir e repetir que é é,

todas as portas vão se abrir.

Castigo, será que obrigatório,

estudar pra ter, vocabulário é obrigatório.

Será que é preciso pensar,

começado a andar pra trás,

ao contrário.

Colorir todo de amor, inventar um novo jeito de brincar.

Saber perder é,

saber perder é

saber perder

alguma coisa pra sobreviver


*

*Rappa

oie





♥·♥

meu coração
vibrando
amor espalhando
perfume
de
rosas

♥·♥

sexta-feira, 16 de abril de 2010

olá


*


Sua visita me faz feliz…
leve uma rosa…
com todo meu carinho…

*


quinta-feira, 15 de abril de 2010

barco cor do amor





Sem ti já não sou
nada,
Não quero nem imagino o
fim!
Sem ti o que sou?
Sou como um barco
cor rosa do amor
navegando
Um jardim sem flores,
Rio com folhas
Sou o que sou
Sem aquelas inúmeras
cores,
Sem ti o que sou?
Um céu sem
estrelas,
Sem sol e
sem lua,
Nunca me deixes,
Quero ser sempre
tua!
Sem ti, sou como praia sem areia,
Como poeta sem poesia,
Se não, escrever eu não podia!



quarta-feira, 14 de abril de 2010

hei


descansar



Odeio seguir alguém, como também conduzir.
Obedecer?

Não!
E governar,
nunca!
Quem não se mete
medo
não consegue metê-lo a ninguém,
Somente aquele que o inspira é capaz de
comandar.
Já detesto comandar a mim mesmo!
Gosto, como os animais,
das florestas e
dos mares,
De me perder durante um tempo,
Permanecer a sonhar num recanto encantador,
e
descansar



*

segunda-feira, 12 de abril de 2010

domingo, 11 de abril de 2010

anjo das rosas voadoras



*


As mulheres voam
como os anjos
Com as suas asas feitas
de cristal de rocha da memoria
Disponiveis
para voar
soltas...
Primeiro
lentamente uma por uma
iguais aos passaros.
Nadando,
juntas
Secreta a rasar o
chão
a rasar a fenda
da lua
por entre a fenda das pernas
As vezes é o aço
que se prende
na luz
A dobrarmos o espaço?
Bruxas
pomos asas em vassouras
de vento
E voamos
Como as asas
lhe cresciam nas coxas
que era um anjo do mar
postas em nudez de ombros
e pernas
perseguindo,
pelos espaços,
da menstruação
Não somos violência
mas o vôo
quando nadamos
de costas pelo vento
até a foz do tempo
no oceano denso
da nossa propria voz
Sabemos distinguir
os anjos das rosas voadoras
Somos os anjos
do destino
com a alma
pelo avesso
do utero
Voamos a lua
menstruadas
Os homens gritam
- são as bruxas
As mulheres pensam
- são os anjos
As crianças dizem
- são as fadas
fadas...
de asas volteando
no fundo da vagina
Nadamos.
De costas,
Mudar o rumo
e as pernas mais ao
fundo
Abrindo o ar
com o corpo num só golpe
Soltas,
viando
até chegar ao fim.
Mas nós voamos
tambem
debaixo de agua
Nós somos os anjos
deste tempo
Astronautas,
voando na memoria
nas galaxias do vento...
Temos um pacto
com aquilo que
voa
- as aves
da poesia
- os anjos
do sexo
- o orgasmo
dos sonhos
Não há nada
que a nossa voz não abra
*

sábado, 10 de abril de 2010

voar

*


Se eu tivesse
asas
Se eu pudesse
voar
Cortaria o infinito
voando bem
alto
a te procurar
*

sexta-feira, 9 de abril de 2010

chegando


*

Chequei agorinha
nossa estava com meus pensamentos tão
longe
mas estou entrando e vou ficar bem
meu eu agora esta
feliz
*

quinta-feira, 8 de abril de 2010

sou o que sou nada mais nada menos

*
Tantas decepções eu já vivi
Um silêncio profundo e declarei:
Você que nem me ouve até o fim
Injustamente julga por prazer
Cuidado quando for falar de mim
Será que eu já posso enlouquecer?
Ou devo apenas sorrir?
Não sei mais o que eu tenho que fazer
Pra você admitir
Que você me adora
Que me acha phoda
Não espere eu ir embora pra perceber
Que você me adora
Que me acha phoda
Perceba que não tem como saber
São só os seus palpites na sua mão
Sou mais do que o seu olho pode ver
Não importa se eu não sou o que você quer
Não é minha culpa a sua projeção
Aceito a apatia, se vier
Mas não desonre meu nome...
*

quarta-feira, 7 de abril de 2010

vida


*


Quero namorar a vida
Com a paixão de quem espera o primeiro amor
Quero-a com todas as cores, flores e sabores
Quero me envaidecer de uma palavra dada
Quero a alegria de viver dos adolescentes
Sempre rindo, contentes
Com a alma de quem é diferente
Diferente na maneira de encarar
O que está aí, à nossa mão
Basta apanhar
Quero a emoção dos eternos namorados
Mesmo depois de muitos anos passados
Quero a leveza da luz do sol a encantar os dias
E o silêncio da noite rasgando as madrugadas
Quero viver a vida vestida de vermelho
*

vazio


*
Pudesse tornar o deserto um pouco menos
vazio
Como se isso bastasse pra afastar os
medos
Que eu sinto cheia de desejos e dedos
Digo menos do que
penso
Falo mais do que
faço
Me defendo como posso
Me esforço pra ser
fácil
E me finjo de
difícil
Mas me dou de
graça
Pra quem me descobrir

*

terça-feira, 6 de abril de 2010

flores


*

Flores para quando tu chegares
Uma dinamica botanica de cores
Flores no jardim
Pétalas ao vento, para tu contares
Flores para mim
Flores pros meus braços
Ofertá-las para parabenizar-te
Flores quantas flores, forem necessarias
Pra perguntares pra que tantas flores
Uma banheira repleta de flores

Vamos tomar um banho?

*

segunda-feira, 5 de abril de 2010

um sonho que não sei

*

Era uma vez um medo que voou
Que se fez asa, sopro, ar
Nunca mais voltou
E eu sem saber porquê fui atrás
E ainda o vi
Esconder-se de ti
Era talvez um tempo de te amar
Era talvez um tempo de sentir
Era uma vez um sonho que não sei
Que se fez asa, sopro, ar
Quase lhe toquei
E a pressentir porquê fui atrás
E ainda o vi
A esconder-se em mim
Era talvez um tempo pra te dar
Era talvez um tempo de te amar
O tempo que não foi tempo não passou
O sonho que se fez pele e se guardou
aqui ficou
Como se fosse sopro, asa, ar, escondeu-se em nós
E no teu olhar
Fica pra sempre um tempo de te amar
Fica pra sempre um pouco do que sou

*

domingo, 4 de abril de 2010

um triste adeus


*



Os mistérios da mente humana atingem níveis irracionais se instalando nas profundezas ocultas,
numa linha invisível delimitando
o ser e o não ser de acordo com seus desejos,
refletindo num leque infinito em que o
próprio indivíduo
perde o sentido da verdade da vida e se entrega de corpo e alma
a um amigo secreto dividindo seu eu em dois.
Num estilo diferente de viver em
vestiamor
, com um livro na mão em passadas longas ela
seguia seu caminho solitária, entre as passadas ela observava o movimento
à sua volta
sem noção do que estava acontecendo, totalmente desinteressada no girar do mundo.
O livro narrava a história de
uma mulher
que perdeu seu grande amor e no desespero de ver seu amado partindo,
entregou sua vida àquele
livro secreto
envolvido entre as páginas e penetrado de corpo e alma na obra de
uma poeta que se suicidou por amor.
O livro inseparável era seu grande amigo secreto,
pois ambos tinham o mesmo problema compartilhando da mesma dor do amor,
levando-a a imaginar que o livro contava a sua própria história.
O nome do amadao era o mesmo,
a história parecia a mesma
e o nome da personagem principal era o nome dela.
A concentração na leitura silenciosa
era tão profunda
que seus olhos ficavam vermelhos de
tristeza
fazendo-a chorar de saudade,
numa vontade incontrolável de vê-lo novamente ao seu lado
para descansar no conforto do seu
carinho.
Nos momentos particulares que passava com o amigo só recebia palavras tristes, representadas numa cena de amor sem solução
deixava-a confusa se estava acompanhada ou
na solidão.
envolvida pela história daquele livro narrando a pesada dor pela perda do amor,
enquanto a autora perdida nas palavras do texto
desabafa
para o amigo a sua dor.
O amor partiu e se foi levando
o coração
da poeta que um dia foi encontrado junto ao amigo secreto. Os dois amigos foram encontrados caídos em um canto qualquer
da vida, num lugar abandonada pelo amor do amado.
Sem adeus ela partiu,
seus olhos vermelhos provam
que ela morrera de tristeza
e no final da história estava o seu nome confirmando a história da vida de uma poeta que um dia foi vítima de um amor maior que o seu coração.
caídos no chão,
de um lado a poeta e do outro o livro do amor.

**


sábado, 3 de abril de 2010

o vento


*

O vento
Sussurra
Coisas
O vento , que desalinha meus cabelos
Enche meus ouvidos de segredos
De segredos do meu amor
Presta atenção no vento
Em seus movimentos
Ele faz uma declaração
minha voz jogada ao vento
Eu te amo

*






sexta-feira, 2 de abril de 2010

hei..

*




Não sei,
Encanto-me,
Com teus encantos,
Será que te encanto...
A roupa preta e vermelha eu visto,
Que loucura, não resisto,
No caldeirão dos petiscos,
Até arrisco, um feitiço,
Para doces encantos,
Dedico-me tanto,
Os ingredientes juntar.
Cinco punhados de amor,
Três pitadas de abraço,
Paixão um maço,
Felicidade dois maços,
Beijo pode exceder,
Quanto mais colocar,
Mais vai encantar,
Pois faz o caldo encorpar,
Mexendo devagarzinho,
Acrescentado sempre lágrimas de amor,
O encanto vai pegar,
Que azar passou do ponto...
O encanto reverteu,
E no meio de tantos encantos,
Quem te amou fui eu.
*

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Vem





Vai sim,
vai ser sempre assim
A sua falta vai me
incomodar,
E quando eu não aguentar mais
Vou chorar baixinho,
pra ninguém ouvir.
Um pra cada lado, como você quis
E eu vou me acostumar,
Quem sabe até gostar de mim.
Mesmo que eu tenha que mudar
Móveis e lembranças do lugar,
O meu olhar ainda vê o seu
Me devorando bem
devagar.
Vem, que eu ainda quero, vem
Quando menos espero a saudade vem
E me da essa vontade,
Que eu ainda
sinto o frio
Sem você é tudo tão vazio
E me da essa vontade,
Que esse amor ainda é meu.
Troco todos os meus planos por um
beijo seu
Que essa noite pode terminar
bem.