sábado, 27 de agosto de 2011

saudade


Eu queria não sentir essa saudade
Que me faz perder o sono e querer mais, mais, mais
Eu queria segurança e liberdade
Mas agora só contigo eu fico em paz, paz, paz...
É a mente que anuncia quando o coração nos trai
Abre as asas, alça vôo, voa, vai, vai, vai...
Minha alma se liberta cada vez que eu penso em ti
Vai no fundo da saudade e me traz, traz, traz...
.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

amei ler...reparto com você....



**


Ele andou por todo lugar
Onde pudesse publicar sua tese de doutor
Até agora ninguém se habilitou a aceitar seu trabalho

Como dizem
Precisa um orientador no trabalho a sim feito
Pois terá que validar o assunto aprovado como escrito

Ele desanimado por mais uma resposta não
Sentou num banco no campus numa universidade
A ultima que visitou até agora
Tentando entregar seu trabalho aprovado por mim

Desanimado e triste ficou sentado pensando
O que fazer com este trabalho de doutorado
Sem esperar resposta
Olhou a capa bonita do seu trabalho
Folheou aqui e acolá
Tentando descobrir porque ninguém aceita ser seu orientador

Pensou mais
Será que tem algum erro didático
Será porque o tema é ruim
Em cada pensamento em pergunta
Só via o trabalho feito certo

Então chegou a triste conclusão
Seu trabalho não teria solução
Não teria louvor
Então não seria doutor

Apesar de cansado ficou sentado
Pensando na solução que poderia ter
Sem prestar atenção
Uma pessoa se aproxima
Anda devagar com elegância
Parece desfilar sua própria beleza
Ela é linda
Agora notou quando chegou perto
Pediu licença e sentou ao lado dele no banco de praça do campus

Ele acanhado por não entender o que acontece com seu trabalho
Decide ir embora
E joga no lixo o trabalho feito pronto
Em lixeira de pé colocada ao lado do banco onde sentou

Ela olha despretensiosa ele sair andando
Indo embora
A sim que afastou ela agarrou o volume na lixeira
Que parecia um trabalho escolar
Ou melhor
Olhando agora em suas mãos reparou
Não era apenas um trabalho
É um livro

Como pode alguém jogar um livro no lixo
Ficou pensando enquanto folheia cada página

Se deparou com uma obra inacabada
Faltou escrever o final ela diz pensando
Pensando ainda sem falar com ele
Pois foi embora antes
Então ela resolveu publicar o livro
Depois ela diz pensando mais
Se ele aparecer pago pra ele pelo livro publicado

O livro desde a estreia foi logo um grande sucesso
Todo mundo queria ler o livro inacabado
Então ela fez um apelo
Em um grande cartaz
Na loja onde vendia o livro todo dia
Cada vez mais comprado pela clientela

Dizia o cartaz
Este livro está sem título
Pois perdi a capa num dia de chuva torrencial
Por isso perdi o nome do autor
E também a chuva apagou o título na capa
Se alguém souber escrever o título certo
É o autor
Pagarei muito

Ele ia passando
Olhou no cartaz
Chamou sua atenção
Como pode alguém publicar um livro sem título
Que maluco escreveria um livro tão bom
E esqueceria o título

A curiosidade foi tanta que entrou na loja
E comprou o livro
Mesmo sem ler pois estava com pressa
Levou o livro pra ler depois
Quando tivesse mais tempo
Ou
Coisa nenhuma pra fazer
Então leria a obra inacabada desse maluco

E pra sua surpresa
Quando leu a primeira parte
Compreendeu
Era o seu livro
Isso mesmo
O livro que jogara fora
Pois ninguém queria autenticar
Como seu orientador no assunto lido

Ele voltou na loja onde comprara o livro
Perguntando quem era a dona da editora
Pois queria falar sobre negócio

Então uma senhora distinta
Veio até ele e disse
Sou a dona da editora
Ele então pegou o livro e falou pra senhora
Este livro é uma fraude
Como você pode publicar um livro
Sem ter o nome do título
Sem ter o nome do autor

A senhora idosa dona da editora disse
Eu jamais faria isso
Seria contra a lei publicar a obra de alguém
Sem autorização do próprio autor
Ou quem o represente de forma legal na lei

A senhora continuou dizendo
A sua mulher esteve aqui
Me entregou o volume molhado e sem capa
Pediu pra publicar e disse
Que só você sabe o título pois é o autor do livro
E que todo valor financeiro com a venda do livro é seu
Então publiquei o livro como ela diz

Agora só falta você me dizer qual é o título do livro
Sua mulher me entregou um papel onde está escrito uma parte do título
Se você souber o restante do título
O livro é seu
Você é o autor

A senhora dona da editora então entregou pra ele um papel
Amassado
Rasgado

Onde se podia ler apenas duas palavras do título do livro
A frase era

arma de defesa

Ele pegou uma caneta
E escreveu na capa do volume que comprara

A invisibilidade como arma de defesa em planeta violento


kinnal


sexta-feira, 19 de agosto de 2011

sonhadora


Ela vivia entre tantos, mostrando sua arte. Todo dia ela criava mensagens lindas e encantadoras. Era uma menina que corria com seu vestido vermelho pelo mundo. Ela era uma sonhadora, uma deusa da arte, uma pessoa especial, que corria livre pelos campos da arte.
Um dia ela olhou a sua arte e viu alguma coisa diferente nela, uma mensagem do destino, que fez a sua curiosidade florear. Olhou desconfiada, achou até a mensagem atrevida. Ela resolveu abrir a guarda e conferir, tinha o endereço de uma caixa, foi até a caixa, mas não percebeu que era uma caixa mágica, cheia de segredos. Ela olhou a caixa com cuidado, estava escrito: “ Sente, leia e pense”. Ela ficou curiosa e resolveu abrir a caixa, quando abriu, levou uma flechada no coração, tentou correr, mas não conseguiu, a flecha era mágica e foi dominando lentamente os seus sentidos e os seus sentimentos.
No momento que a caixa foi aberta, ouviu-se uma explosão tão grande, que o mundo tremeu, a explosão foi ouvida a quilômetros de distância. Da caixa saiu uma fumaça muito forte, tão forte que não conseguia ver nada, aquela fumaça trazia um segredo, no meio dela, surgiu um contador de histórias.
Ele não era mágico, mas fazia mágica. Não era encantado, mas encantava. Ele fazia sonhar, flutuar e viajar com suas palavras.
Ela ficou ali parada, estática e ferida profundamente, tão profundo que chegou a atingir a alma. Seu corpo ficou arrepiado, seus olhos brilhavam, seu coração começou a bater forte e ela não conseguia mais fugir, por mais que tentasse. Tentou, tentou, tentou fugir, mas não conseguiu, pois ela estava ferida pela flecha do amor.
Aos poucos ela foi se transformando, seu vestido ficou muito mais vermelho, seus cabelos longos e negros estavam mais belos. O contador de histórias olhou para ela e a transformou em sua rainha, com poderes sobrenaturais, capaz de se transformar na mais linda abelhinha, na mais brilhante estrelinha piscando e piscando no pântano e depois voar com seu rei nos sonhos, nos campos e no pântano, onde diz a lenda, que eles vivem num mundo mágico e cheio de amor.
Não sei o que aconteceu, como uma mágica a caixa desapareceu, ninguém mais conseguiu encontrá-la, mas seus encantos permaneceram, seus poderes são imortais, pois as histórias são imortais, elas são como lendas, são eternas e nelas o rei e a rainha fazem o seu reinado, o seu palácio e o seu pântano num conto lindo.

Rainha e Rei

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Inacreditável


Inacreditável
Sempre tem algo em que se acreditar, nem que seja algo que não tem sentido, como por exemplo ... uma mentira que por mais escondida sempre vem átona ...estava sentada embaixo de minha arvore , orando sim orando não tenho esse costume fico ali horas e horas somente conversando , não sei se comigo mesmo ou com a arvore , tenho uma sensação que ela me ouve e me aconselha...sempre que preciso , mas naquele dia estava orando com as palavras que aprendi , orei com muito amor e confiança que seria atendida ,
Mas como sempre que faço essas orações senti algo muito estranho, como que ouvisse uma voz que me dizia - não perca tempo com coisas que não significa nada , mesmo assim orei...e fiquei ali quieta esperando algo , não sei o que mais , queria ouvir de novo aquela voz...mas tudo era silencio...fiquei ali olhando formigas levando folhas tão pequenas mas como eram fortes ...senti um sopro suave um vento que me deixou por um tempo sem ar mesmo sentindo o ar , bem depois de um certo tempo levantei e continuei a caminhar entre as arvores ...mas o inacreditável aconteceu ...sim custei a acreditar mas estava ali escrito em letras legíveis ,e não acreditei que tinha orado por algo sem valor....

*

terça-feira, 9 de agosto de 2011

meus tesouros

Ela se abrira somente para algumas pessoas.
Nela, a Magia encontrada…
Música suave, substituindo palavras, gravadas.
Cada ser humano tem a sua, assim como as asas,
guardadas.
As crianças às vêem, também os loucos e os cegos,
assim mesmo, devo usá-las?
A caixa mágica que se abre com o coração.
Com palavras aladas.
Rumo aos céus da Emoção.
Devo usá-las ou não?
*

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

novo amor


Mas não faz mal, não é o fim
E a madrugada vem trazer meu novo amor
A gente ri
A gente chora
E joga fora o que passou
A gente ri
A gente chora
E comemora o novo amor.


*

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

amor e odio



Tão só de amor num canto qualquer.
Erra quem sonha com a paz
Mas sem a guerra
O céu existe pois existe a terra
Assim também nessa vida real
Não há o bem sem o mal.
Nem amor sem que uma hora
O odio venha
Bendito odio
odio que mantém a intensidade do amor
Seu ardor, a densidade do amor, seu vigor
Porem há que saber fazer sem opor
O bem ao mal prevalecer
E o amor ao ódio incerto em nosso ser se impor
E a dor que acerta o prazer sobrepor
E ao frio que nos faz sofrer o calor
E a guerra enfim a paz vencer.

*

princesa

Numa manhã linda de sol quente, uma princesa corria beirando o lago do pântano e chorando muito, assustando os pássaros e as borboletas.
Buáááááá!... Buáááá!.. Buáááá!...Esse choro chamou a atenção de um sapo, que se aproximou.
Ploc!... Ploc!... Ploc!...
Bolhas estourando no lago do pântano atraíram a atenção da princesa que parou de chorar e começou a sorrir vendo as bolhinhas estourarem.
As bolhas estouravam no lago enquanto a princesa olhava cautelosamente em silêncio, tentando descobrir o que estava borbulhando.
Desconfiada ela se aproximou do lago, colocou a mão na água querendo pegar as bolhas e curiosa ela chegou seu rosto pertinho das bolhas,
que explodiam espirrando gotinhas geladas em seu rosto, escutando as gotas explodirem.
Ploc!... Ploc!... Ploc!... Splashhh!
Um sapo pula perto do seu rosto molhando seus longos cabelos negros.
Ela corre atrás do sapo querendo pegá-lo, mas ele salta rápido.
Ela tenta pegá-lo e ele salta, tenta de novo e ele pula, então ela dá um salto e o agarra pelas pernas.
Ela o segura carinhosamente nas mãos e pergunta:
- Será que você é um príncipe?
- Cloc!... Cloc!... Cloc!...-
Você é tão bonitinho!
- Cloc!... Cloc!... Cloc!..
.- Se você é um príncipe fala alguma coisa?
- Cloc!... Cloc!... Cloc!...
Ela olha fixamente para o sapo e ele olha com seus olhinhos para ela.
- Se você fosse um príncipe! Como seria?-
Cloc!... Cloc!... Cloc!...
- Eu acho que você quer me dizer alguma coisa!-
Cloc!... Cloc!... Cloc!...
Ela abre a mão com o sapo livre na palma e ele não pula.
- Se eu te beijar, será que você vira um príncipe?
- Cloc!... Cloc!... Cloc!...
A princesa cria coragem, beija o sapo e fica observando, mas não acontece nada.
- Você não vai virar príncipe?
- Cloc!...Cloc!...Cloc!...
Ela perde a paciência e joga o sapo no meio do lago.
Quando o sapo cai no meio do lago, se transforma num príncipe gritando:
- Eu não sei nadar!
Ela mergulha no lago e nada até ele para salvá-lo.
Quando toca nele, ele fala:
- Brincadeira! Eu sei nadar e a beija no meio do lago
.Desta maneira eles ficaram juntos vivendo naquele pântano maravilhoso.
Uma lágrima de alegria cai sobre a página e a menina que estava lendo fecha aquele livro de amor pensando:
“Eu queria ser aquela princesa”





*




terça-feira, 2 de agosto de 2011

começo


Criei uma sobra de desolação
Com minhas próprias mãos
Imaginei coisas ruins
Então...
Virei para a luz
Que queima na noite
Comecei
Uma nova viagem.....

*

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

silencio


É tão ruim
Quando alguém
Machuca a gente...
O coração fica doente
Sem jeito até
Pra conversar...