sexta-feira, 23 de abril de 2010

tiro meu sapato vermelho , cansei

*



O meu coração doe no meu peito.
De todas as dores, o amor é que mais doe,
doe a todo momento de distração e atenção,
eu não sinto mas morro..
todos os dias!
É estranho ninguém suspeitar dos meus medos,
das minhas quedas,
dos meu piores momentos.
Eu corro procurando um amor para substituir a minha imensa dor .
imenso amor cheio de segredos e labirintos.
Porém, Cai perto da estrada fria da minha vida.
Cai longe da corda bamba que me levava até você!
Eu corro ao encontro do nada,
do breve resumo que tudo isso sempre representou pra mim.
E mesmo assim eu me perdia,
desejando a mudança entre nossos abraços incolores e de beijos sem gosto...
Atrás da porta eu pude me aquecer com a realidade que construí em
minha mente,
a realidade que você não existia,
que eu era mais feliz a cada dia,
que o amor era banal, que a dor não doía de verdade!
Mas enfrente ao espelho a minha
fortaleza da solidão era fria,
congelante,
representando a minha vida, as cinzas da minha vida.
Eu corro ao encontro do amor que me salve todos os dias.
Enquanto isso na chuva,
ao redor de mim,
tudo desmorona como flores na primavera..
flores vermelhas,
vermelhas de paixão,
paixão que eu tentei preservar pra sempre,
porém sendo lembrada a todo instante
que o pra sempre;
sempre acaba!
Eu corro todos os dias ao encontro do meu amor,
e todos os dias ele voa pra longe.
Voa junto com o vento que balançava meu vestido,
meu vestido vermelho,
aquele que sempre fazia eu me sentir tão completa
Eu corria e morria todos os dias,
de um modo que eu nunca poderia imaginar,
porém uma coisa que eu não posso evitar é cair,
cair no vermelho frio que envolve toda a minha vida,
cair..
como eu faço todos os dias...tiro
meus sapatos vermelhos
foi o que restou,
não vou correr mais...
**

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