sábado, 2 de fevereiro de 2008

solidão



Ventos que se avolumam trazendo junto nossos tormentos
Somos donos de um abismo persistente na alma
Qual nos conduz as tormentas dos pecados humanos
Há sempre uma tempestade se encaminhando em nossa direção
Queria acompanhar as carícias da brisa
Entretanto. apenas na solidão das tempestades
Que encontramos o demônio que deslumbra nossos caminhos
É nesse encontro que nos saciamos
Sinto em meu ser uma dor aguda
Tento me desvencilhar das amarras que me levam ao abismo
Sinto em meu corpo os açoites desse temível vazio
Vestígios de um isolamento constante
Caminhos escolhidos nas loucuras do cotidiano
Sentimento espalhado nessa selva insensível
Demônio que vive a espreita, aguardando o abarcamento
Lembranças constantes da agonia que nos sustenta
Sabíamos que o tempo nos tornaria cruéis
Apenas embaixo de nós se encontra escondida à verdade
Encontra-se adormecido os desejos para com os outros
Somos posseiros do fracasso dos sentimentos
habituando-se ao inferno da solidão.

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